Ela disse: “O meu filho morreu antes de nascer…” Artigos textos educação Infantil. (de Alexandra Caracol)
Conhece alguém a quem aconteceu isto?
Nunca percebi porque é que, normalmente não se avisa as mulheres de que, é frequente acontecer isto.
Esta é mais uma coisa que se prefere esconder e se encara como tabu.
Este tipo de luto é algo de que não se fala, embora seja de extrema importância que se faça o luto numa situação de perda como esta.
Apoio? Onde está?
Tão mau como o desespero da perda é tomar-se conhecimento, após o acontecimento, de que afinal, muitos morrem antes de nascer…
Talvez nem se fale nisso para que, os poucos que ainda têm coragem de querer ter filhos, não desistam perante as estatísticas: “Segundo os dados mais recentes da Direção Geral de Saúde (DGS), em 2016 cerca de três em cada 1000 gravidezes terminaram com a morte do feto.”[1]
Para quem não teve a experiência de ter um filho, sonha com isso. E para quem já experimentou e perdeu o filho antes de nascer, tem medo de voltar a aventurar-se.
Não querendo ser cruel, chamo a atenção para todas as coisas de que sentimos necessidade obter, realizar ou experienciar, e que determinamos fazer ao longo da vida, sendo que muitas vezes, são resultado de pressões sociais…
Sempre que se decide ter um filho será pelo motivo certo?
Coisa horrível é perder-se um filho mesmo antes de ter nascido. Mas também é, de igual modo doloroso ou pior, ter-se um filho que, depois de crescido, ele próprio “se aborta”, ou seja, envereda por caminhos e opções de vida que o matam aos poucos.
Pais que assistem a este tipo de “aborto” em vida (de filhos adolescentes, jovens e adultos), decerto sofrerão muito e de forma continuada, já que neste caso, a perda se dá ao longo de vários anos, prolongando o sofrimento e nem sequer possibilitando que se faça o luto necessário...
Tantos pais desejaram ardentemente ter filhos e ficaram gorados no desejo de os ver felizes… tantos lutaram para lhes dar melhor vida do que a que tiveram e, acabam por ter que andar toda a vida em sofrimento por verem os seus esforços deitados fora, pelas escolhas (erradas) dos filhos.
De uma forma ou de outra (assistir a um aborto antes do nascimento ou depois de nascer), atrevo-me a dizer que todos os seres humanos já passaram por isso, ou já presenciaram quem passasse.
Entende-se por escolhas erradas aquelas que provocam sofrimento a quem as toma para si e que, também se estende aos familiares que sofrem, pela dor que sentem de ver seus entes queridos sofrer…
Então é caso para se parar e pensar se valerá a pena passar pela dor de um aborto de alguém que ainda não nasceu, ou se valerá a pena viver a presenciar alguém que “está vivo”, mas que se vai "auto-abortando" à medida que a idade avança…
O dilema é: qual é o sentido da vida? Casar? Ter filhos? Vê-los crescer? Morrer? E tudo continuar assim, e voltar tudo ao início…?
Qual é o sentido da tua vida? Já pensaste nisso? Não te importas com isso?
Tens direito a essa escolha, mas será que estar adormecido é viver?
Autora do texto: Alexandra Caracol
Categoria: Artigos Educação, Textos Educação, Atividades Educação Infantil, Educação Escolar, Educação Emocional Crianças e Adultos
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[1] Em Observador, citado em https://observador.pt/especiais/luto-o-meu-filho-morreu-antes-de-nascer/
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