![familia.png familia.png]()
Ser pai ou mãe é uma bênção inigualável! E porque se dedica tanta atenção às mães, deixando muitas vezes o pai um pouco “abandonado” no seu papel que afinal também é muito importante para a formação equilibrada do novo Ser que vem a caminho, deixo aqui algumas linhas dedicadas em especial ao pai.
Apesar de ao longo dos séculos se ter aceite a ideia de que o sentimento “maternal” é pertença da mãe, felizmente hoje em dia já existe outra forma de entendê-lo e de o aceitar.
Hoje, muita gente já considera o sentimento “maternal” como sendo «aplicável a ambos os sexos indiferentemente, o que se pode observar com a evolução social atual, onde cada vez mais os pais tomam um lugar privilegiado junto dos filhos, lugar antes reservado às mulheres.»
A propósito do que foi referido acima, temos Steele e Polak que criaram «o conceito de Função Maternal como algo que se expressa de diferente forma em todos os indivíduos» (1968), depreendendo-se assim que a «Função Maternal» pode estar presente em indivíduos de qualquer sexo.
Para que a «Função Maternal» possa ser manifestada pelo pai propriamente dito, é necessário que ele vivencie um sentimento de paternidade.
Atualmente surge uma nova conceção de pai que deseja estabelecer um vínculo afetivo com o seu filho logo que se inicia a gestação, afastando-se assim do pai tradicional, que fomos habituados a conhecer nos séculos passados.
O pai não tem somente ou impreterivelmente que ser visto como o provedor do sustento familiar, mas tem também o direito e o dever de amparar, de se ligar e usufruir da existência do novo ser e de expressar emoção e afeto pelo seu filho(a), pois ele é parte integrante da existência desse novo ser, sendo também importante que exerça a sua «Função Maternal».
O sentimento de paternidade, se desenvolvido quando se inicia a gestação, e em alguns casos até antes, fomenta e harmoniza o relacionamento familiar no lar, além de proporcionar desde cedo o bem-estar e sentimento de pertença e de ser bem-vindo, ao novo Ser que vive ainda aconchegado no ventre da mãe.
«(...) O quotidiano do cuidado à saúde da mulher vem mostrando que a relação com o parceiro sexual influencia profundamente o bem-estar da mulher na gestação e após o nascimento dos(as) filhos(as), seja pela sua presença, aceitação e prazer de estarem juntos, seja pela sua ausência, resistência e negação da responsabilidade como pai. Quando a participação do homem é efetiva, na gravidez e após o parto, criam-se situações de bem-estar para todos os envolvidos no processo, de modo a se estabelecerem relações mais igualitárias. (...)».
«(...) a gestação configura-se como um período de preparação para novos atributos sociais tanto para a mãe quanto para o pai. Assim, quanto mais fortes forem os laços afetivos fixados entre pai e filho(a) na gravidez, melhor será o desenvolvimento da paternidade e do vínculo pai-filho(a) na vida fora do útero, sendo o estabelecimento desses laços, nos primeiros estágios de vida, a chave para reviver a instituição da paternidade. (...) A esse respeito, pode-se afirmar que os pais mais conectados emocionalmente à gestação estariam mais predispostos a reagir adequadamente às necessidades de apoio e compreensão de suas esposas (...)».
Algumas sugestões para que o pai possa vivenciar o sentimento de ser pai antes do nascimento do(a) filho(a):
- Encontrar uma forma pessoal de celebrar o acontecimento de ser pai;
- Aceitar com alegria o facto de ser pai;
- Exprimir a sua emoção e afeto em pensamentos palavras e atitudes tanto para com a sua esposa como para o seu filho(a);
- Ter proximidade física com a gestante;
- Compartilhar da experiência que é vivida no corpo da companheira;
- Compartilhar as alegrias do nascimento e as tarefas diárias;
- Ajudar a integrar os outros filhos, que já existam, na realidade de um novo filho(a);
- Dialogar com a sua esposa acerca de todos os assuntos relacionados com o novo Ser, além dos assuntos inerentes à vida do próprio casal.
Por ser tão importante que a existência do novo “bebé” seja um empreendimento familiar (e incluímos aqui também a integração dos outros filhos que possam já existir) nunca é demais referir que, mesmo na fase da programação (sempre que possível) de um novo “bebé”, o novo Ser deve ser desejado e aceite o mais cedo possível (desde a sua programação ou da sua conceção).
A sua existência deve ser recebida por cada um dos elementos da família (pai-mãe-filhos já existentes, podendo e devendo abranger os avós e restantes familiares), de uma forma amorosa fazendo o novo Ser sentir-se amado e desejado.
Artigo de Alexandra Caracol no Jornal de Família
(Com base no interessante Artigo em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007000100015)
Artigos Educação, Textos Educação, Atividades Educação Infantil, Educação Escolar, Educação Emocional Crianças e Adultos
OUTROS ARTIGOS
Artigos Educação, Textos Educação, Atividades Educação Infantil, Educação Escolar, Educação Emocional Crianças e Adultos
Você também pode interessar-se por:
» Como ajudar o seu filho a desenvolver-se de forma equilibrada?
» 4 dicas para evitar a agressividade dos seus filhos.
» Tirar ou não tirar os macacos do nariz; o que fazer?
» Ela disse: "O meu filho morreu antes de nascer..."
» A Cura pela Música(e não só...) 1
» A Cura pela Música (e não só...) 2
» O Poder da Música.
» A dor que leva ao isolamento…
» Perigos do isolamento
Artigos Educação, Textos Educação, Atividades Educação Infantil, Educação Escolar, Educação Emocional Crianças e Adultos
____________________________