2º Excerto da PARTE 1 do livro "A Cura pela Música (e não só...) de Alexandra Caracol
Joana tinha aprendido que a melhor forma de iniciar uma terapia de ajuda era estabelecer pontes e conseguir encontrar os pontos comuns que existiam em todos esses seres humanos que precisavam de ajuda e de se encontrarem.
Dos muitos casos que tinham passado pelas suas mãos algumas pessoas tinham-na marcado em especial.
O caso de Francisco de 13 anos do reformatório de rapazes; o Tio Zé do lar de idosos; a Aninhas, a menina autista; o Sérgio que era invisual; o Vasco, surdo desde a nascença; e a Matilde, na altura grávida com 14 anos. Todos eles pertenciam a grupos diferentes mas tão próximos na necessidade de serem amados, reconhecidos e respeitados por eles próprios e pela sociedade.
Lembrava-se do primeiro dia em que conhecera o Francisco. Era um rapaz muito revoltado que se vestia de negro com desenhos de caveiras, brinco na orelha, vários piercings e uma forma de estar provocadora tanto em palavras como em atitudes.
Como era costume, no início, para tentar conhecer os seus alunos, Joana dispunha-os em círculo e fazia jogos psicológicos também para dinamizar o grupo e levá-los a interagir uns com os outros, apesar das grandes divergências.
2º Excerto da 1ª Parte do Livro "A Cura pela Música (e não só...)
de Alexandra Caracol
Categoria: Artigos Textos Educação Emocional Adultos
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