Luanda, minha amada. (de Alexandra Caracol)
Luanda, minha amada
como eras bela quando te conheci.
Trazias no rosto o cheiro da maresia.
Com teu aroma suave me embeveci.
Um dia parti percorrendo teu corpo,
descendo suavemente pelos teus rios
inebriada pela beleza do teu dorso
tomada pelo fogo dos sentidos.
Ainda era menina ingénua
mas cedo te desejei para mim,
deitar-me no teu seio, nua
beijar-te toda com frenesim.
Nada do que te disse esqueci.
Palavras doces sussurradas
que ternamente te dirigi
enquanto me olhavas.
Dos teus amantes tenho ciúme.
Daqueles que entram por ti adentro
com violência para possuir-te
destruindo o teu sonho.
Ao teu coração quero pertencer,
acreditar que o teu sonho não morreu,
que a paz volta com o amanhecer
e que jamais esqueceremos o nosso amor.
Autora do poema: Alexandra Caracol
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