Perigos do isolamento. Artigos textos educação infantil, educação emocional (de Alexandra Caracol)
Tal como prometi no texto "A dor que leva ao isolamento...", venho deixar-vos este texto acerca de: "Os perigos do isolamento".
Desde muito cedo qualquer pessoa já sentiu de alguma forma rejeição, com ou sem razão para sentir isso.
Essa rejeição poderá deixar uma perceção que conduzirá a incapacidade de se integrar num grupo e de se saber relacionar, podendo provocar isolamento.
Por vezes, derivado a problemas de inadaptação e porque experiências passadas deixaram uma perceção negativa, a própria pessoa se isola.
A educação escolar poderá servir, desde fases precoces para, através de uma educação infantil voltada para a inclusão, ajudar as crianças a integrarem-se aceitando as diferenças, sendo que também é muito importante que haja pessoas capazes de lidar com as emoções das crianças, de forma a proporcionar-lhes educação emocional, com o propósito de as ajudar a resolver conflitos.
Neste texto debruçar-me-ei essencialmente nos perigos do isolamento exagerado, já que existem momentos da vida de qualquer ser humano em que o isolamento temporário é necessário para o seu equilíbrio emocional.
O isolamento exagerado, ou seja, o afastamento sistemático impedindo o ser humano de se relacionar com todo e qualquer ser e, ou, principalmente com outros seres humanos, poderá afetar em grande medida, o seu normal desenvolvimento e evolução.
Tal isolamento poderá desenvolver perturbações a nível psíquico, e comportamental.
Importante será perceber-se que a inexistência de uma vinculação desde tenra idade, poderá contribuir bastante para que o individuo se isole, sentindo dificuldades em se relacionar. Mas isso não será decisivo, sendo que é sempre possível melhorar a forma de nos relacionarmos.
Para conhecer mais sobre o assunto poderá ler o texto: Vinculação e socialização na infância; A capacidade de enfrentar, superar crises e adversidades na idade adulta.
O isolamento pode ser fruto de uma escolha própria ou imposta como punição.
Como isolamento imposto, temos como exemplo o isolamento de prisioneiros em solitárias, que os leva à degradação física e moral que, aparentemente e a curto prazo, parece surtir efeito a nível comportamental, mas que não é mais do que uma tentativa imediata de resolver comportamentos que precisariam de ser trabalhados e acompanhados por especialistas para obter resultados efetivos.
Um isolamento exagerado, não ensina afinal como se pode modificar comportamentos de uma forma duradoira, mas antes provoca a degradação do indivíduo, intensificando a revolta por exclusão.
Uma punição sem o elemento educativo, sem acompanhamento com o propósito de mudança de mentalidades e consequente mudança de comportamentos, não sana os problemas, mas agrava-os ou provoca-os, no caso desses problemas não existirem antes do isolamento imposto.
Por outro lado, temos o isolamento como opção de vida, podendo ser (ou não) indício de existir alguma perturbação a nível nervoso e/ou mental.
Como exemplo de pessoas que tomam a opção de viverem em isolamento, temos o caso dos eremitas que procuram viver afastados de qualquer ser humano.
Mesmo que por opção, será importante referir que o fato de essas pessoas viverem afastadas de outros seres humanos, os desabitua de viver em sociedade, ficando o seu comportamento desenquadrado.
O isolamento gera sempre mais desejo de isolamento.
O facto de se tornarem pessoas de atos e comportamentos diferentes, origina a que, (muitas vezes) os outros seres humanos os rejeitem.
Como em tudo na vida, o grupo tem tendência a afastar aquilo que não se rege pelas suas regras, rejeitando aquilo que for “diferente”.
Caso seja uma das pessoas que tem tendência a isolar-se e se enquadra no que foi exposto acima, saiba que é sempre possível melhorar a forma de nos relacionarmos.
Autora do texto: Alexandra CaracolArtigos Educação, Textos Educação, Atividades Educação Infantil, Educação Escolar, Educação Emocional Crianças e Adultos Artigos Educação, Textos Educação, Atividades Educação Infantil, Educação Escolar, Educação Emocional Crianças e Adultos
Pode ler aqui o artigo "É sempre possível melhorar a forma de nos relacionarmos."
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